A partir de maio de 2025, importantes mudanças nas alíquotas e regras do IOF — Imposto sobre Operações Financeiras começam a valer no Brasil. Essas alterações impactam diretamente diversas operações do dia a dia, como o uso de cartões internacionais, operações de crédito, seguros, câmbio e investimentos.
Se você é uma pessoa que quer ficar atualizada e entender como essas mudanças podem impactar suas finanças pessoais ou empresariais, esse artigo foi feito para você.
Vamos explicar, de forma clara e didática, o que é o IOF, quais as principais mudanças que entram em vigor, como elas afetam seu bolso e como se preparar para essa nova realidade.
✅ O que é IOF e por que ele existe?
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado sobre diversas operações financeiras realizadas no Brasil.
Entre elas estão:
- Empréstimos e financiamentos.
- Câmbio e transferências internacionais.
- Seguros.
- Investimentos.
- Uso de cartão de crédito internacional.
O objetivo do IOF vai além de arrecadar: ele é uma ferramenta usada pelo governo para regular a economia.
Por exemplo:
- Aumentar o IOF pode desestimular o consumo ou entrada de capital estrangeiro.
- Reduzir o IOF pode estimular investimentos e facilitar transações.
Agora que você já entendeu o que é, vamos às mudanças!
🚨 O que muda no IOF a partir de maio de 2025?
O governo realizou uma ampla revisão do IOF com três grandes objetivos:
- Harmonizar a política fiscal com a política monetária.
- Fechar brechas que possibilitavam evasão fiscal.
- Simplificar e uniformizar as alíquotas para maior justiça tributária.
As mudanças impactam principalmente:
✅ Seguros.
✅ Operações de crédito entre empresas.
✅ Operações de câmbio.
A seguir, vamos explicar cada uma dessas alterações, de forma simples.
🛡️ Mudanças no IOF de Seguros: foco em previdência e grandes investidores
✅ O que muda?
O governo quer fechar uma brecha fiscal que permitia que planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência, como o famoso VGBL, fossem usados como instrumentos de investimento por pessoas de altíssima renda, pagando muito pouco imposto.
- Antes: alíquota zero, independentemente do valor investido.
- Agora:
- Continua zero para quem faz aportes mensais de até R$ 50 mil.
- Cobra-se 5% de IOF para aportes superiores a R$ 50 mil por mês.
✅ Por que mudou?
- Para evitar que o VGBL continue sendo usado como “investimento disfarçado”, especialmente por quem busca pagar menos impostos.
- Para preservar o investidor comum, que usa esse produto como proteção previdenciária legítima.
✅ Como isso afeta você?
Se você investe em previdência, fique tranquilo: só haverá IOF se seus aportes mensais superarem R$ 50 mil.
Ou seja: a maioria da população não será afetada por essa mudança.
🏦 Mudanças no IOF sobre Crédito para Empresas: mais justiça tributária
✅ O que mudou?
As principais mudanças foram:
- Uniformização das alíquotas para operações de crédito entre empresas.
- Inclusão explícita de operações antes não reguladas, como o forfait ou risco sacado.
- Ajuste nas alíquotas de empresas do Simples Nacional.
✅ Exemplos práticos:
Antes:
- Crédito pessoa jurídica (PJ): 1,88% ao ano.
- Simples Nacional (operação até R$ 30 mil): 0,88% ao ano.
Agora:
- Crédito PJ: passa a 3,95% ao ano.
- Simples Nacional: sobe para 1,95% ao ano.
Além disso, operações como financiamento e antecipação de pagamento a fornecedores agora estão explicitamente tributadas.
✅ Por que mudou?
- Para eliminar distorções e assimetrias, já que antes havia muita diferença entre o que pessoas físicas e jurídicas pagavam.
- Para aumentar a isonomia e a justiça fiscal entre empresas de tamanhos e setores diversos.
✅ Como isso afeta você?
Se você é MEI, fique tranquilo: as regras não mudaram para você.
Se é dono de uma pequena ou média empresa, prepare-se para pagar mais IOF em algumas operações de crédito.
🌎 Mudanças no IOF Câmbio: foco na uniformização e estabilidade
✅ O que mudou?
O governo unificou as alíquotas de IOF em operações de câmbio, especialmente para:
- Cartões de crédito e débito internacionais.
- Remessas para contas no exterior.
- Compra de moeda em espécie.
Antes:
- Cartão internacional: estava sendo reduzido gradualmente, chegando a 4,38% em 2024.
- Remessas e compra de moeda: 1,1%.
Agora:
- Tudo passa a ser 3,5%.
Além disso, algumas operações que eram zeradas voltam a ser tributadas em 3,5%, como:
- Transferências relativas a aplicações de fundos no exterior.
- Empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias).
✅ Por que mudou?
- Para harmonizar o sistema, evitando distorções entre operações de mesma natureza.
- Para reduzir a volatilidade cambial e tornar o ambiente mais estável para negócios internacionais.
✅ Como isso afeta você?
- Se você usa cartão de crédito internacional ou envia dinheiro ao exterior, pagará menos IOF do que em 2022 (quando era 6,38%), mas mais do que em 2024 (que será de 4,38%).
Se faz remessas frequentes, é bom se planejar para esse novo custo.
🚫 O que continua isento ou com IOF zero?
Algumas operações não foram alteradas e seguem isentas ou com alíquota zero, como:
✅ Operações de exportação e importação.
✅ Financiamentos do FIES.
✅ Crédito para programas de geração de emprego.
✅ Financiamento para habitação.
✅ Operações específicas para pessoas com deficiência ou taxistas.
✅ Linhas de crédito rural, habitacional e saneamento.
✅ Ou seja: se você utiliza algum desses benefícios, não precisa se preocupar, pois nada mudou para você.
📊 Qual o impacto dessas mudanças?
Segundo estimativas da Receita Federal:
- A arrecadação com IOF deve aumentar em R$ 20,5 bilhões em 2025.
- E mais que dobrar em 2026, chegando a R$ 41 bilhões.
Isso significa que, além do ajuste tributário, o governo também busca equilibrar as contas públicas e controlar a inflação.
✅ Como se preparar para essas mudanças?
- Se você é investidor: fique atento a aplicações em VGBL e entenda as novas regras para aportes.
- Se é empresário: revise as condições de crédito da sua empresa, pois o custo aumentará.
- Se costuma fazer operações internacionais: planeje bem suas remessas e compras para minimizar o impacto.
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🎯 Conclusão
As mudanças no IOF a partir de maio de 2025 representam um movimento importante de modernização e justiça fiscal. Embora tragam novos custos para algumas operações, também promovem um sistema mais equilibrado e transparente.
Seja você um investidor, um empresário ou alguém que apenas quer viajar ou enviar dinheiro ao exterior, é fundamental entender essas mudanças e se planejar.
Agora que você está bem informado, compartilhe este artigo e ajude outras pessoas a se prepararem também!